Márcia Sanchez Luz








Natural de São Paulo, capital, Márcia formou-se em Literatura Inglesa e Francesa. É escritora (poesia e prosa), pedagoga e tradutora de Inglês e Francês. Iniciou sua vida profissional como tradutora e redatora, tanto de manuais técnicos como de normas de documentação e projetos na área de Informática. É autora de diversos trabalhos de tradução e versão técnica nas áreas de alimentos, refrigeração e informática. Na área de Psicologia, desenvolveu um trabalho voluntário com crianças limítrofes. Escreve poesias desde os nove anos de idade, sempre se mantendo, por opção, no anonimato. Em novembro de 2006 decidiu que chegara a hora de partilhar relatos de suas vivências, até então interiorizadas. "Escritora imortal" pela Academia de Letras do Brasil. 
Cônsul Poetas del Mundo.
Verbete na Enciclopédia Escritores Brasileiros da Real Academia de Letras.



Livros editados: 


Quero-te ao som do silêncio! (2010, Editora Protexto)
Porões Duendes (2008, Editora Protexto)
No Verde dos Teus Olhos (2007, Editora Protexto)

Antologias:
Saciedade dos Poetas Vivos digital, volumes 4 , 9 e 12 em Blocos Online, onde tem suas páginas individuais de poesia e prosa.
Trovas premiadas e publicadas na Antologia "Projeto de Trovas para uma Vida Melhor" (UBT).
Antologia de Natal, em Blocos Online (2009)
1ª Antologia Poética Contemporânea (Editora Protexto, 2010)
Melhores da Poesia Brasileira (2012)

Entrevistas concedidas:
À Mona Dorf, jornalista de O Estado de São Paulo, para o programa Letras & Leituras.
A Luiz Eduardo Caminha, âncora do programa Stammtisch (TV GALEGA, Blumenau).
A Selmo Vasconcellos para a 1ª ANTOLOGIA POÉTICA MOMENTO LÍTERO CULTURAL

Publicações em mídia impressa:
Jornal Alto Madeira.
Jornal O Rebate.
Jornal Rondônia Ao Vivo.
Jornal Fala Brasil de Porto Alegre.
Jornal Gazeta Mercantil.

Seus espaços na web:
Márcia Sanchez Luz - http://marciasl2001.blogspot.com
Repercussão Literária - http://marciasanchezluz.blogspot.com





 Lua negra
© Márcia Sanchez Luz



Amo demais que até ferida brota
na cálida, escondida lua negra
dos meus delírios (dor que desintegra
calma desnuda em chuva de gaivota).

Os olhos choram mares, geram grotas,
fabricam densa nuvem que se integra
ao corpo equivocado pela entrega
sofrida num adeus desfeito em gotas.

Amo demais, eu sei, mas o que faço
se de outro jeito não conheço o amor?
A minha sina é nunca combater

o que me atrai e gera descompasso.
Se por um lado existe o dissabor,
tenho da vida a flor que vi nascer.




 Vida
© Márcia Sanchez Luz


Se digo que pra tudo há recomeço
e que a tristeza um dia se desfaz,
é porque o inverno, triste cinza-espesso,
a luz da primavera em si já traz.

Se calo-me e da dor não me despeço
e não censuro o sonho (que é fugaz),
é porque guardo a noite em mim, confesso,
pois nela eu sinto que sou mais capaz.

Fico em silêncio em meio aos meus segredos
enquanto a lua se despede aos poucos
e dá lugar ao sol e seus enredos.

Pairam no ar sementes de verão!
E verdejantes são as suas folhas,
valentes como o dom da floração!



 Cicatrizes
© Márcia Sanchez Luz


O que foi dito, amor, já está guardado,
virou história que magoa em vão.
E se as palavras voam, na emoção
meu coração pranteia, amargurado.

O que ficou no meu sentir gravado
é pensamento em plena ebulição
que nem por força, nem por ablação
consegue reduzir o desagrado.

Pro que foi dito não há mais remédio,
pois que o elixir que abranda não demove
o mal que me causaste - que agonia!

E se o perdão aliviasse o tédio
que sinto (mesmo que da dor só prove)
estejas certo, é tudo o que eu faria!



Réquiem para um homem simples, brasileiro
© Márcia Sanchez Luz



Não dá pra não chorar por quem partiu
e que passou por nós deixando amor
em gestos simples como aguar a flor
e dar-se inteiro, mesmo que febril.

Não dá pra não chorar homem gentil,
que mesmo fraco, retorcendo em dor,
tirava forças e perdia a cor
para seu mal fingir que era sutil.

Sua viagem hoje começou,
eu sei. E sei também que a dor findou,
que não mais pesa a sua grande cruz.

Entre as estrelas ele agora brilha,
e no infinito, eis que a sua trilha
é, finalmente, de alegria e luz!




Trilogia
© Márcia Sanchez Luz


Sabor ao vento de uma calmaria.
Transpiro afagos, doces fantasias!
Verdade incerta, porém que me alenta.

Serenidade!

Tristeza insana que nunca se acalma
nas noites frias de canções vazias.
Corações secos – onde está a alma?

Insanidade!

Calor profundo que me assola o ventre!
O amor surgiu, leve e passageiro,
trazendo a febre de um furor festeiro.

Corporeidade!






Um comentário:

  1. Querida Cecília, adorei minha página neste seu lindo espaço. Obrigada por seu carinho, que me faz muito feliz!

    Beijos

    Márcia

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